Sexta-feira de Carnaval
Nunca gostei de carnaval, ou qualquer outra festa que tenha grandes aglomerações e música alta (com a excessão de shows de metal, mas isso é outra história). Acho que só fui uma vez em um bloco carnavalesco, em São Carlos. Mas por outro lado, gosto muitíssimo de festas populares e manifestações culturais, tanto que já toquei em um grupo de maracatu, entre outras coisas.
Dito isso, reconheço que o Carnaval é algo importante, assim como outras festas do tipo. É importante por ser uma manifestação popular, algo culturalmente impregnado aqui e em outros lugares; é importante para pessoas se divertirem e esquecerem um pouco os problemas da vida; e é muito importante para muitas pessoas que precisam destas festas para garantir o seu sustento, em uma sociedade onde grande parte das pessoas não tem o mínimo de estabilidade e pouquíssimas oportunidades.
Por exemplo, pessoas que vendem cerveja no Carnaval, ou que catam as latinhas de cerveja no Carnaval.
Eu sempre fugi do Carnaval de Salvador, me retraíndo em casa ou indo para algum lugar distante. Apenas uma vez, na quarta-feira de Carnaval, fui até o Porto da Barra – que fica em uma das pontas de um dos circuitos de Salvador – participar de uma limpeza subaquática, com o grupo Fundo da Folia. Este grupo surgiu justamente para tirar o lixo que se acumula no mar, especialmente depois do Carnaval. E hoje eu repeti a experiência, não para tirar lixo, mas para ir até a casa de uma amiga de cujas plantinhas estou cuidando. E percebi que sete da manhã é um bom horário para ver o lado do Carnaval que a mídia não mostra.
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